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Qual o perfil de pessoa mais propensa a ter AVC?

Atualizado: 2 de jun. de 2022

Bem, para começar, essa é uma das perguntas que mais recebo no consultório. Quando falamos de propensão, nos referimos a RISCO.


O maior estudo que buscou responder isso foi o INTERSTROKE, publicado em 2016. Ele avaliou 26.919 pessoas numa colaboração de 32 países, incluindo o Brasil. O resultado dele foi impressionante: 10 fatores de risco modificáveis foram associados a mais de 90% de todos os AVCs, em todas as regiões do mundo, todas as idades, seja homens ou mulheres.


Você deve estar fazendo 2 perguntas agora:


1ª pergunta: O que seria um fator de risco modificável? É aquele que pode ser corrigido, tratado, até mesmo eliminado da sua vida.


2ª pergunta: Se 10 fatores de risco estão associados a cerca de 90% de todos os AVCs, seria possível então reduzir o risco de ter um AVC no futuro nos mesmos 90%? Sim!


Para isso, é preciso atenção a esses 10 fatores, que são:

  1. Hipertensão;

  2. Diabetes;

  3. Colesterol alto;

  4. Obesidade;

  5. Dieta inadequada;

  6. Fatores psicossociais, como estresse e depressão;

  7. Sedentarismo;

  8. Tabagismo;

  9. Uso do álcool;

  10. Doenças cardíacas.

Outros estudos envolvendo apenas brasileiros mostram dados muito semelhantes. Em Porto Alegre, 75% das pessoas com AVC eram hipertensas, 47% tinham colesterol alto, 23% eram diabéticas e 24% fumavam. Em Fortaleza, 88% das pessoas com AVC eram hipertensas, 47% diabéticas, 43% apresentavam colesterol elevado, 31% fumavam e 15% tinham doença cardíaca.


Concluindo, trouxe todos esses dados acima para te alertar que a pessoa com 1 ou mais desses dez fatores de risco está propensa a ter um AVC.


Vai aqui abaixo, nos comentários, e me fala se você apresenta algum desses fatores de risco. Até mais!



Referências:

  1. Stroke. 2011;42(12):3341-6. doi: 10.1161/STROKEAHA.111.626523.

  2. J Stroke Cerebrovasc Dis. 2013;22(1):32-5. doi: 10.1016/j.jstrokecerebrovasdis.2011.05.022.

  3. Lancet. 2016 Aug 20;388(10046):761-75. doi: 10.1016/S0140-6736(16)30506-2.

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6 Comments


Marcia Cristina perwira lima
Marcia Cristina perwira lima
Jan 14

Boa noite dr eu tenho muito medo de ter um avc.tenho pressao alta,faço uso da medicação valsartana e também tenho ansiedade tomo medicação há muitos anos pra ansiedade e depois q tive covid tudo piorou e desde então não tive mais saúde vivo lutando com a pressao alta e a ansiedade

Não sei mais o q fazer.


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isabelcristinadeoliveira35
Apr 21, 2023

Eu durante 1 ano passei com dor hoje depois de ficar 1mesinternada sem

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isabelcristinadeoliveira35
Apr 21, 2023

Boa noite meu acho que é estresse que tive no emprego estou com medo de voltar , obrigada

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ilda_susa
Dec 22, 2022

DeEu tive uma pressão forte na cabeça, dores no rosto como uma nevralgia, corpo todo doendo, no outro dia cedo desmaiei do nada, me urinei , provavel ter mordido a lingua porque depois apareceu uma cratera e uns 6mm, agora minha lingumma está dormente el uma sensação de inchada, isso pode ter sido um AVC?

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Francisca Maria Paiva
Francisca Maria Paiva
Aug 01, 2022

Ola boa tarde eu mim escreve pra sabe mais sobre o avc meu pai rsta enternado no hospital de fortaleza no leonardo da vinci devido esse problema de avc q ele teve um começo de avc ai queria sabe quais os cuidados devermos ter para q naõ aconteça isso com outra pessoas apesar de meu pai ja ter uma idade de 79 ano ele tbm ja fumou o bastante e tem diabete ai mim preoculpo como cuida dele pois que ele sair do hospital ..so q agora ele ja esta melhor mais mesmo assim tenho medo de depois ver como ele ficou pq atè o momento ele mexeu todos os movimentos dos braços , pernas , conseguir , comer sozinho…

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drronneypinto
Aug 11, 2022
Replying to

Excelentes perguntas, Francisca.

Bem, é o que sempre comento por aqui: AVC é uma doença muito comum, sobretudo em idosos (como seu pai, de 79 anos). O fato de ter fumado e ser diabético certamente contribuíram para isso.

Para evitar um novo AVC, os 3 passos principais são: (1) tratar bem o diabetes e investigar se ele tem outros fatores de risco adicionais, como pressão alta, dislipidemia, arritmia cardíaca, etc; (2) investigar a causa específica do AVC, através de exames que avaliam os vasos do cérebro e do pescoço, uma boa avaliação do coração, entre outros; e (3) seguir com uma boa equipe, que, nesse caso, inclui pelo menos o neurologista e o fisioterapeuta.

Com esse 3º passo, te respondo…

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